Opinião:
A memória da chuva é o livro escrito por uma autora portuguesa, Sandra Freitas. Depois de ter entrado em contacto comigo, enviou-me um exemplar para eu ler e dar a minha honesta opinião.
Quando recebi o livro confesso que fiquei um pouco assustada porque era bem maçudo! Quase 500 páginas. Mas recentemente coloquei-o na lista dos que tinham mesmo de ser lidos. Já o tinha recebido em 2016 e não queria adiar mais pois sabia que a autora queria a minha opinião.
No geral, adorei o livro. É uma bela mas também triste história de amor bem ao jeito das que eu gosto. Gostei da ideia principal do livro, de um casal que por um mero engano e orgulho separa-se e só se encontra muitos anos mais tarde.
Existiram algumas coisas que não gostei e que vou explicar. Em primeiro lugar acho que a autora alongou-se em algumas partes do livro sem haver necessidade. Foram criados parágrafos enormes sobre temas que na minha opinião não trouxeram nada de novo para a história. Por exemplo não achei que a introdução do Padre tivesse trazido nada de novo. A Diana, personagem que aparece muito mais à frente também não me pareceu bem, pareceu-me forçada só para que outro personagem pudesse ter o seu “final feliz”. A doença do pai de Inês pareceu-me forçada e trouxe demasiado drama ao livro (a doença de Inês era suficiente). Outro ponto negativo para mim foi o facto de a Inês nunca se ter interessado em procurar o Jorge para falarem sobre a sua filha e depois quando o Jorge soube da notícia levou tudo muito “na boa”. Acho que faltou mais emoção.
No entanto, e apesar das coisas que mencionei atrás, foi um livro que me agarrou do início ao fim. A escrita da autora é descontraída o que faz com que se torne uma leitura rápida e até viciante porque nós queremos saber o que irá acontecer com Inês. Será que ficará com Jorge? Será que irá conseguir ultrapassar a doença?
Confesso que não conseguia parar de ler! Eu adoro quando isso acontece num livro e é para mim um predominante para dar um boa cotação no Goodreads.
Gostei dos personagens, principalmente do Jorge por ser inteligente e uma pessoa bastante calma e tolerante. A autora também esteve muito bem na criação da anti-heroína, acho que funcionou muito bem e agradou-me.
Foi um livro que me fez sorrir mas que também me fez chorar e que por vezes deixou-me com um aperto na barriga…gostei mesmo muito! Acho que foi um excelente início de carreira para esta autora!
4*
Sinopse:
Pode o tempo mudar um amor destinado a existir e a perdurar? Pode um amor antigo sobreviver ao presente e à doença?
Inês e Jorge viveram, na sua juventude, um namoro idílico, invejado e admirado por muitos, amando-se profundamente. Quando o destino se encarrega de os separar, por circunstâncias indesejadas e mal interpretadas, Jorge parte em busca da realização das suas ambições, tornando-se num respeitado e conceituado cirurgião cardiotorácico. Inês fica onde sempre esteve, revelando-se uma profissional dedicada e mãe extremosa, demasiado ligada a tudo o que não seja ela própria.
Doze anos depois, tudo muda. Jorge regressa, precipitando Inês numa espiral de emoções contraditórias, à medida que ambos reavivam sentimentos e revoltas antigas. No entanto, agora existe Sofia, uma menina perfeita e dócil que encanta e confunde Jorge desde o primeiro momento e que Inês resguarda com o velo de uma mãe impetuosa.
É neste contexto que Inês descobre que está gravemente doente, com um cancro da mama. E, ao mesmo tempo que luta entre um amor que nasceu para ser eterno e um conjunto de dúvidas e amarguras que a perseguem desde há muito tempo, começa a lutar também pela sua sobrevivência, descobrindo que a vida nos pode trazer muito sofrimento mas também algumas surpresas.